Ministro promoveu acordo de cooperação em tributação internacional, com pagamento proporcionalmente maior, para a comunidade financeira internacional.
O secretário da Receita Federal, Paulo Guedes, revelou que a discussão sobre impostos avançou durante a cúpula do G20 realizada em São Paulo. Além disso, foi discutida a importância da transparência fiscal e da cooperação internacional para combater a evasão fiscal e a lavagem de dinheiro.
No segundo dia de debates, os representantes dos países membros concordaram em criar um grupo de trabalho para estudar a implementação de medidas mais eficazes sobre super-ricos. Essas ações visam garantir uma distribuição mais justa da carga tributária e combater a sonegação de impostos por parte dos mais abastados. trilha
Brasil destaca importância da taxação de super-ricos no G20
O ex-prefeito Fernando Haddad ressaltou a presença de ‘várias menções explícitas’ sobre a taxação de super-ricos, uma proposta apresentada pelo Brasil durante a reunião do G20. Apesar de algumas nações se mostrarem contrárias à taxação de super-ricos, um acordo foi alcançado em prol de uma tributação progressiva. Essa abordagem inclui um pagamento proporcionalmente maior de impostos por parte dos mais ricos e menor pelos mais pobres.
Comunicado conjunto da trilha financeira do G20
O comunicado conjunto da trilha financeira do G20 foi considerado uma grande conquista pela diplomacia brasileira. Dois documentos de consenso serão emitidos: a declaração final e um acordo de cooperação. Além disso, um terceiro texto abordará questões geopolíticas sob a liderança do Brasil.
Brasil celebra vitória do G20
O comunicado do G20 é visto como um triunfo não apenas para o Brasil, mas para a comunidade internacional como um todo. O ministro destacou que a declaração final, composta por 35 parágrafos, enfatiza a luta contra a pobreza e a desigualdade, além de conter diversas referências à taxação de super-ricos.
Compromisso da próxima presidência do G20
O Brasil pretende garantir um compromisso da futura presidência do G20, que será assumida pela África do Sul em dezembro, em relação ao estudo sobre a taxação de ultraricos. Mesmo diante da oposição de líderes como Donald Trump, Haddad enfatizou que a direção desse debate não será alterada.
Brasil e a tributação de ultraricos
O Brasil está tomando medidas para impulsionar a proposta de taxação de ultraricos, incluindo reuniões com organizações como a OCDE, ONU e especialistas renomados. Haddad reconhece a complexidade desse processo, destacando a necessidade de mobilização social em torno desse tema.
Proposta de Imposto Mínimo Global
A proposta brasileira de taxar os ultraricos é equiparada ao terceiro pilar da OCDE, que busca estabelecer uma tributação mínima global para empresas multinacionais. Haddad mencionou que o Pilar 1 da OCDE, relacionado à taxação de multinacionais, enfrenta obstáculos devido à postura de um país específico.
Desafios e perspectivas futuras
Haddad ressaltou a urgência de ações individuais dos países em relação à taxação de ultraricos, enfatizando a necessidade de avançar nesse debate. O Brasil está analisando a possibilidade de adotar uma legislação nacional sobre o tema, caso não haja avanços significativos a nível internacional.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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