Medicamento oral para fibrose cística com mais de 6 anos, indicado por acordo Conitec. Elexacaftor, Tezacaftor, Ivacaftor: componentes. Beneficiados da assistência saúde pública com mutações CFTR esperam novidade. Estados Unidos: 1.700 pacientes. Danos pulmões, hidratação, limpeza mucosas. Conitec referência: centro, termos: associação, droga, estimativa.
Desde 2019, a procura por pacientes por uma terapia avançada tem aumentado significativamente. Essa abordagem inovadora e altamente eficaz para o tratamento da fibrose cística agora está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), graças a um acordo assinado nesta sexta-feira, 17.
Além da terapia avançada, o SUS também passou a oferecer a terapia cística avançada. Essa modalidade de tratamento, que combina técnicas tradicionais com abordagens mais modernas, representa um avanço significativo no cuidado de pacientes com fibrose cística. A inclusão dessas opções terapêuticas reflete o compromisso do sistema de saúde em proporcionar o que há de melhor em termos de tratamento e cuidado aos pacientes.
Terapia Avançada: Uma Nova Opção Terapêutica
Submetido à consulta pública e liberado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no ano anterior, o Trikafta é indicado para pacientes com mais de 6 anos diagnosticados com ao menos uma mutação da condição genética rara que afeta os pulmões e os pâncreas – e que pode levar à morte –. A terapia tripla, uma associação de Elexacaftor, Tezacaftor e Ivacaftor, foi aprovada nos Estados Unidos há cinco anos e mais de 60 países fazem uso do medicamento. Segundo a empresa de biotecnologia Vertex, o Brasil é o primeiro país da América Latina a fazer a oferta do fármaco no sistema público.
A entrega ao Ministério da Saúde, para posterior repasse aos centros de referência, deve ocorrer nas próximas semanas. A estimativa é de que 1.700 pacientes serão beneficiados pela incorporação da droga, que é indicada para pessoas diagnosticadas com ao menos uma mutação F508del no gene modulador CFTR (regulador da condutância transmembrana da fibrose cística). No Brasil, ao menos 6.200 pessoas vivem com a doença.
Terapia Avançada e a Saúde Pública
‘O anúncio da nova terapia, agora disponível no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS), marca um avanço significativo, trazendo uma nova opção terapêutica para pacientes com fibrose cística e suas famílias’, afirma a Margareth Dalcolmo, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Segundo Margareth, que também é pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o medicamento será importante para a saúde dos pacientes como um todo. ‘A partir de agora, pacientes elegíveis com 6 anos ou mais têm acesso a um tratamento que, ao visar a causa da doença, vem assegurar melhor qualidade de vida às pessoas com a fibrose cística. Médicos por todo o Brasil estão entusiasmados com esta novidade tão esperada.’
Terapia Avançada e os Benefícios para Pacientes
Como funciona o medicamento O Trikafta age na proteína CFTR, que não funciona corretamente nos pacientes com a fibrose cística, aumentando sua quantidade e também sua função na superfície das células. A droga contém ainda uma substância que potencializa a capacidade dessa proteína de fazer o transporte de sal e água para a membrana celular. Assim, em uma ação conjunta, os componentes do fármaco ajudam no processo de hidratação e limpeza do muco característico da doença que se forma nas vias aéreas.
A fibrose cística é uma condição genética rara que atinge mais de 92 mil pessoas no mundo, sendo uma condição progressiva que se caracteriza pela formação de muco espesso e pegajoso responsável por infecções pulmonares crônicas, danos nos pulmões e morte. No Brasil, a expectativa de vida dos pacientes está em torno dos 21 anos. A condição se manifesta quando há mutações do gene CFTR herdados pela criança tanto do pai quanto da mãe, causando um fluxo inadequado de sal e água para dentro e fora das células em diferentes órgãos. É por isso que, além dos pulmões, fígado, pâncreas, trato gastrointestinal, seios nasais, glândulas sudoríparas e o sistema reprodutor também podem.
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo