Mulheres gratas têm 9% menos risco de morte por qualquer causa, diz relatório Nurses’ Health Study. Gratidão impacta saúde duradoura.
Reconhecer as pequenas coisas da vida pode ter um impacto significativo na sua saúde. Estudos anteriores demonstraram que sentir gratidão é benéfico para a saúde física e o bem-estar emocional. Agora, uma nova pesquisa revelou que aqueles que vivenciam mais gratidão também apresentam um menor risco de falecer.
Além disso, demonstrar apreço pelas experiências diárias pode trazer benefícios inesperados para a sua qualidade de vida. Cultivar o hábito de expressar gratidão pode fortalecer os laços sociais e promover um senso de conexão com o mundo ao seu redor. Portanto, não subestime o poder do agradecimento em sua jornada rumo a uma vida mais plena e saudável.
Gratidão e seus Efeitos Duradouros na Saúde e Bem-Estar Emocional
De acordo com especialistas, este é o primeiro relatório a examinar de forma minuciosa os impactos da gratidão na longevidade e no bem-estar emocional. Os pesquisadores conduziram uma análise utilizando dados do renomado Nurses’ Health Study, que envolveu quase 50 mil mulheres com idades entre 69 e 96 anos. Essas mulheres responderam a um questionário abrangente sobre gratidão em 2016, revelando insights valiosos sobre os níveis de agradecimento, reconhecimento e apreço em diferentes faixas etárias.
Ao solicitar que as participantes avaliassem seu grau de concordância com declarações como ‘Tenho muito na vida pelo que ser grata’ e ‘Sou grata a uma ampla variedade de pessoas’, os pesquisadores puderam identificar as mulheres com os maiores e menores sentimentos de gratidão. O estudo revelou que as mulheres com os maiores níveis de gratidão apresentaram um risco 9% menor de mortalidade por qualquer causa, incluindo doenças cardiovasculares, câncer e condições neurodegenerativas.
Durante o acompanhamento de três anos, foram registradas 4.608 mortes entre as participantes, sendo 2.153 delas relacionadas a mulheres com menor grau de gratidão, enquanto 1.273 ocorreram entre aquelas com níveis intermediários. Por outro lado, houve 1.182 óbitos entre as mulheres que expressaram os maiores níveis de gratidão, destacando a importância desse sentimento na promoção da saúde e na redução do risco de mortalidade.
Além disso, o estudo demonstrou que as mulheres mais gratas tendiam a ser um pouco mais jovens, a ter parceiros, a participar de grupos sociais ou religiosos e a desfrutar de uma saúde geral melhor. Esses resultados ressaltam a influência positiva da gratidão não apenas na saúde física, mas também no bem-estar psicológico e emocional das pessoas.
‘A gratidão é uma força poderosa que contribui para a felicidade, para lidar com sintomas depressivos leves, para melhorar a saúde e para proteger contra a morte prematura. É algo acessível a todos’, destaca Tyler VanderWeele, autor sênior do estudo e professor na Escola de Saúde Pública T.H. Chan de Harvard. VanderWeele enfatiza a importância de cultivar a gratidão em meio aos desafios da vida, ressaltando que a prática desse sentimento pode ter efeitos positivos de longo prazo.
Nesse contexto, o reconhecimento e o apreço por aquilo que temos e pelas pessoas ao nosso redor assumem um papel fundamental na promoção de uma vida saudável e significativa. O estudo destaca a necessidade de valorizarmos a gratidão como uma ferramenta poderosa para aprimorar nossa qualidade de vida e fortalecer nossa resiliência diante das adversidades. Afinal, a gratidão não só impacta nossa saúde física, mas também nossa saúde emocional, contribuindo para uma vida mais plena e satisfatória.
Fonte: © CNN Brasil
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