Empresa adquire franquia em território israelita visando melhorar vendas, com controle da marca e franqueado local para garantir experiência positiva e evitar boicotes.
O McDonald’s está expandindo sua presença em Israel, onde irá adquirir 225 restaurantes para fortalecer sua marca no país. A rede de fast-food busca aumentar suas vendas na região e consolidar sua posição em meio às controvérsias relacionadas ao conflito na Palestina.
Com essa aquisição, a marca de fast-food pretende se destacar no mercado israelense e reforçar sua atuação em um momento de grande competitividade. O McDonalds está investindo estrategicamente para ampliar sua participação no país e superar possíveis desafios no setor de alimentação rápida.
O relacionamento do McDonalds com território israelita
A rede de fast-food McDonalds foi fortemente criticada por ter oferecido descontos nas refeições aos soldados israelitas após os ataques de 7 de outubro de 2023. A maior parte dos espaços da marca em todo o mundo são geridos por franqueados locais, que determinam os preços dos produtos e os salários dos colaboradores.
O controle da marca no território israelita
A companhia chegou a um acordo com o franqueado israelita Alonyal, que por 30 anos foi responsável pela marca na região, para voltar a deter o controle de todos os restaurantes do país. A conclusão da negociação deverá acontecer em poucos meses, mas a companhia já passará a gerir as unidades. Em comunicado, o McDonalds diz continuar comprometido com o mercado de Israel e em garantir uma experiência positiva tanto para os clientes como para os funcionários daqui para a frente – um número que chega a cinco mil.
Os boicotes e a guerra em curso
Porém, à semelhança do que tem acontecido com outras marcas de fast-food norte-americanas, esta insígnia tem sido alvo de boicotes na área afetada pela guerra, o que tem impactado o negócio. A franquia do McDonalds em Israel anunciou que ofereceria refeições de graça aos soldados israelenses durante o conflito em curso com o Hamas.
A comunicação nas redes sociais e o posicionamento do McDonalds
Consumidores de todo o mundo pediram um boicote em massa à empresa e criticaram a decisão da rede, argumentando que ela deveria se alinhar com seus princípios e evitar apoiar entidades envolvidas nos conflitos, especialmente aqueles que resultam na perda de vidas inocentes. A decisão de enviar alimento gratuitamente foi comunicada nas redes sociais da franquia de Israel dizendo: ‘Ontem doamos quatro mil refeições para hospitais e unidades militares. Pretendemos doar milhares de refeições todos os dias aos soldados no campo e nas áreas de recrutamento. Abrimos cinco restaurantes apenas para esse fim’.
A ajuda humanitária e o alívio destinado à população
A mensagem foi excluída após a repercussão negativa. Por causa desse posicionamento, o McDonalds do Líbano enviou um comunicado afirmando que as ações de franquias de outros países não representam as opiniões dos libaneses, manifestando o comprometimento com sua nação e população. Além disso, outras franquias da rede de fast-food McDonalds na região foram solidárias com as vítimas da guerra.
A Turquia prometeu um pacote de ajuda humanitária de US$1 milhão para a população em Gaza afetada pela guerra com foco em mulheres, crianças e idosos. Já a franquia de Omã anunciou uma doação de US$100 mil para esforços de alívio destinados às pessoas em Gaza, assim como a dos Emirados Árabes Unidos, que contribuiu com AED1 milhão para o Vermelho Crescente dos Emirados destinado à campanha ‘Tarahum for Gaza’. Leia também: Marcas e política: até onde a associação vale o risco?
Fonte: @ Mundo do Marketing
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