Fraco trimestre fiscal na China, Adidas cresce no canal direto ao consumidor, impactando números da marca, diz analista Zachary Warring da CFRA Research.
A Nike anunciou hoje uma redução inesperada nas vendas para o ano fiscal de 2025, após vendas desapontadoras no último trimestre fiscal revelarem a diminuição de sua participação de mercado e sua estratégia voltada diretamente ao consumidor. As ações da empresa caíram 12% no pós-mercado, pois a Nike também previu uma queda maior do que o esperado nas receitas do primeiro trimestre fiscal. Os esforços da empresa para impulsionar mais vendas por meio de seu canal direto ao consumidor não surtiram efeito, com os consumidores mais cautelosos em relação a gastos não essenciais.
A Nike espera um declínio de aproximadamente um dígito na receita anual, em contraste com as projeções de um aumento de 0,91%. ‘A desaceleração nas vendas totais e na Nike Direct é algo que não podemos ignorar’, afirmou um porta-voz da empresa. A empresa está buscando novas estratégias para lidar com a diminuição da demanda e impulsionar as vendas nos próximos trimestres, visando recuperar sua posição no mercado e aumentar sua participação entre os consumidores.
Desafios de Vendas para a Nike em Meio à Concorrência
Durante o último trimestre fiscal, a Nike enfrentou desafios significativos em suas vendas, conforme observado por Zachary Warring, analista da CFRA Research. A demanda por seus produtos tem sido afetada pela crescente popularidade dos tênis Gazelle e Samba da Adidas, que têm conquistado espaço no mercado devido ao seu estilo retrô.
Apesar dos esforços da Nike em simplificar seu portfólio, a recuperação da demanda ainda está em processo. A empresa tem se dedicado à inovação e ao lançamento de novas linhas de produtos, mas os resultados podem levar algum tempo para se materializar.
A receita líquida da Nike registrou uma queda de 1,71%, totalizando US$ 12,61 bilhões, ficando abaixo das expectativas dos analistas. No entanto, o plano de redução de custos de US$ 2 bilhões implementado pela empresa, que incluiu demissões em massa, contribuiu para um lucro ajustado de US$ 1,01 por ação, superando as estimativas.
Além disso, a Nike tem enfrentado desafios em mercados internacionais, como a China, onde o tráfego nas lojas físicas diminuiu significativamente em relação ao ano anterior. Os executivos da empresa destacaram que fatores como a fraqueza nos negócios digitais, tráfego moderado nas lojas e promoções mais agressivas têm impactado negativamente suas operações.
Para o primeiro trimestre fiscal, a Nike projeta uma queda de aproximadamente 10% na receita, em contraste com as expectativas de uma redução de 3,16%. Essa previsão reflete os desafios que a empresa enfrenta no cenário atual de vendas e demanda competitiva. A Nike continua a buscar estratégias para impulsionar suas vendas e recuperar seu crescimento no mercado esportivo.
Fonte: © CNN Brasil
Comentários sobre este artigo