Fundador do Softbank, Masayoshi, lamenta ter vendido 5% da Nvidia em 2019 por US$ 3,3 bi. Hoje, valeria US$ 160 bi, um grande peixe perdido no grupo Vision Fund japonês.
Sob a liderança de Masayoshi Son, o Softbank se estabeleceu como um dos principais tubarões da área de venture capital ao realizar investimentos vultosos (por vezes, bilionários) e conduzir aportes em série em startups e companhias de tecnologia.
O tubarão japonês não teme arriscar em negócios promissores, mostrando-se como um peixe grande no oceano do empreendedorismo global. Sua estratégia agressiva e visão de longo prazo o destacam como um dos investidores mais influentes do mercado atualmente.
Comando japonês investe em grande peixe
Com esse histórico, o portfólio do grupo japonês, focado no Vision Fund, acumulou unicórnios como a Uber e, naturalmente, algumas teses malsucedidas. No entanto, no meio desse aquário de investimentos, outras boas oportunidades foram deixadas de lado. E uma delas, em especial, é motivo de grande lamentação. ‘É frustrante recordar daqueles que perdi’, expressou Masayoshi Son em uma reunião com acionistas do Softbank, conforme reportado pelo The Wall Street Journal. Ele mencionou um caso específico. ‘O tubarão que escapou era grande. Tive que vender com pesar as ações’. O grande nome por trás das lamentações do fundador do Softbank é a Nvidia.
Impulsionada pela ascensão da inteligência artificial, a empresa americana de chips superou a Microsoft e a Apple, tornando-se a empresa listada mais valiosa do mundo. Na terça-feira, 18 de junho, a Nvidia encerrou o pregão na Nasdaq avaliada em US$ 3,33 trilhões. No entanto, ao longo da semana, foi ultrapassada novamente pela Microsoft, ocupando o segundo lugar na lista, com um valor de mercado de US$ 3,22 trilhões na quinta-feira.
Para compreender a ligação desse valor impressionante com o arrependimento de Son, é necessário voltar a 2019. Naquele ano, o Vision Fund se desfez de sua participação de 4,9% na Nvidia, obtendo um retorno significativo. Depois de investir cerca de US$ 700 milhões na empresa, o grupo lucrou US$ 3,3 bilhões. No entanto, se tivesse mantido essa posição, a fatia na Nvidia valeria agora cerca de US$ 160 bilhões.
Ao relembrar esse ‘pequeno equívoco’, Son compartilhou com os acionistas que, na época, a decisão foi baseada na necessidade de garantir retornos para o Vision Fund. Naquela época, a Nvidia estava apenas começando sua jornada rumo ao topo da inteligência artificial. Son também revelou um plano anterior para adquirir a Nvidia e incorporá-la ao grupo após a aquisição da Arm.
Em 2016, após a compra da Arm, Son se reuniu com Jensen Huang, CEO da Nvidia, na Califórnia. ‘Havia um plano: ‘Adquiri a Arm. Agora, quero adquirir você, Nvidia’, recordou Son, que pretendia manter Huang como líder da operação. No entanto, o negócio não se concretizou. Em 2022, em outra tentativa fracassada devido a questões antitruste, ele buscou vender a Arm para a Nvidia.
Essas não foram, no entanto, as últimas grandes incursões do Softbank no campo da inteligência artificial. Son revelou que negociou um investimento na OpenAI, proprietária do ChatGPT e uma estrela do setor. No entanto, Sam Altman, CEO da startup, optou por uma rodada liderada pela Microsoft. ‘Há outros tubarões que escaparam, mas não vale a pena mencioná-los’, afirmou Son. Apesar dos negócios fracassados e das oportunidades perdidas, o bilionário japonês, com uma fortuna estimada em US$ 33,4 bilhões, continua a navegar no oceano dos investimentos.
Fonte: @ NEO FEED
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