Empresa independente faturou meio bilhão nos primeiros meses, tornou-se operação separada do grupo e solicitou registro de companhia aberta na CVM.
A vertente de serviços da empresa Porto (PSSA3) foi criada para ampliar o escopo de atuação da seguradora. Inicialmente, visava justificar os valores pagos pelos segurados que não utilizavam o seguro, mas tinham acesso a serviços de instalação e manutenção. Essa abordagem perdurou por mais de trinta anos.
Com o tempo, a vertical de serviços da Porto evoluiu e passou a oferecer uma gama mais ampla de serviços aos clientes, indo além das simples instalações e reparos. Essa expansão contribuiu significativamente para a consolidação da empresa no mercado, agregando valor às ofertas existentes e fortalecendo a relação com os clientes.
Porto, Serviço;: Uma Operação que Ganhou Vida e Divulgou Resultados
Ao longo desse período, a empresa construiu uma ampla rede com 13 mil prestadores, e somente no ano anterior, realizou transações que ultrapassaram a marca de R$ 5 bilhões em serviços executados. Dessa forma, a operação adquiriu uma autonomia significativa, dando origem à Porto Serviço, com o intuito de atender também a clientes fora do ecossistema da seguradora.
A vertical de serviços, lançada oficialmente em dezembro de 2023, surgiu como resultado da cisão de uma unidade de negócios que fazia parte do grupo, a Porto Socorro. Em 2022, a Porto deu início a movimentações nesse sentido, estabelecendo uma joint venture com a CDF, uma prestadora de serviços de suporte tecnológico e digital. Além disso, em agosto do ano passado, adquiriu a Unigás, especializada em instalação e assistência de sistemas de aquecimento e gás.
A operação divulgou resultados pela primeira vez no mês passado, juntamente com os números de sua controladora, referentes ao primeiro trimestre de 2024. Nesse período, a Porto Serviço registrou um total de R$ 612,4 milhões em receitas, com um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) de R$ 112,5 milhões, resultando em uma margem Ebitda de 18,4%.
Desde que se tornou uma empresa independente dentro do grupo Porto, a vertical de serviços é liderada por Lene Araújo, um executivo com três décadas de experiência na companhia. Segundo ele, o que a empresa oferece aos clientes é algo duradouro e essencial, seja no presente ou daqui a várias décadas.
A nova empresa atua em um mercado fragmentado e abrangente, avaliado em cerca de R$ 100 bilhões pela Porto. A perspectiva é que, a médio e longo prazo, a vertical de serviços do grupo possa atender a 10% desse mercado, representando um potencial de aproximadamente R$ 10 bilhões. Lene Araújo destaca que, em termos de receitas, a Porto Serviço já possui cerca de R$ 2,3 bilhões desse mercado endereçável.
Do total do faturamento trimestral, 78,6% (R$ 481,1 milhões) provieram da prestação de serviços para segurados da Porto. No entanto, a empresa também celebra o fato de mais de 20% das receitas já serem provenientes de fora desse ecossistema. Um montante de R$ 128,7 milhões veio do segmento de ‘parcerias estratégicas’, como serviços de instalação de eletrodomésticos e equipamentos para clientes de grandes varejistas do país, além de assistência automotiva para clientes de montadoras e locadoras.
A Porto Serviço mantém parcerias desse tipo com mais de 50 empresas, além de oferecer serviços diretamente ao consumidor final, no modelo B2C. O crescimento e a diversificação da empresa são evidentes, demonstrando a relevância e o impacto positivo da vertical de serviços no mercado.
Fonte: @ Info Money
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