Imunizante para combate ao VSR, agente patogênico que causa infecções respiratórias. Aplicação via intramuscular, com efeitos colaterais mínimos comprovados por estudos clínicos.
Nesta terça-feira, 2 de abril, o Ministério da Saúde anunciou que a vacina Abrysvo, da Pfizer, estará disponível em todo o território nacional a partir da próxima semana. A chegada deste imunizante representa um grande avanço na luta contra doenças respiratórias, como a bronquiolite, causada pelo vírus sincicial respiratório. A população poderá contar com mais uma opção de proteção para garantir a saúde e o bem-estar de todos.
A imunização é fundamental para a prevenção de doenças e para a manutenção da saúde da população. Com a chegada do novo vacina Abrysvo, o Brasil reforça seu programa de imunização e amplia as estratégias de combate às enfermidades virais. É importante que todos tenham acesso ao tratamento imunológico adequado, para garantir uma sociedade mais saudável e protegida. A vacinação é a principal arma contra diversas doenças infecciosas, incluindo aquelas causadas por agentes patogênicos respiratórios como o VSR.
Vacina Abrysvo: Proteção para Gestantes e Bebês
A vacina Abrysvo é direcionada especificamente a gestantes entre 32 e 36 semanas de gestação. Ao imunizar gestantes, o intuito é fornecer proteção indireta aos recém-nascidos e bebês com até 6 meses de idade. Esse grupo, juntamente com os idosos, é considerado especialmente suscetível ao desenvolvimento de formas graves de infecção pelo VSR.
Cabe destacar, inclusive, que também foi autorizado o uso da vacina em indivíduos com 60 anos de idade ou mais, já que se trata de uma população considerada de risco. A administração do imunizante é realizada por via intramuscular, e é necessária uma única dose.
Em comunicado, a Anvisa informou que, assim como ocorre com qualquer medicamento, foram identificados alguns efeitos colaterais leves, tais como dores no local da aplicação, de cabeça e musculares. É importante ressaltar que antes do registro o imunizante passou por estudos clínicos internacionais que demonstraram a segurança e eficácia na proteção de bebês e idosos.
O estudo de fase 3 contou com a participação de mais de sete mil grávidas em 18 centros de pesquisa em todo o mundo, quatro deles no Brasil. Entre os resultados obtidos, o estudo revelou que o imunizante foi capaz de prevenir em 82% a ocorrência das formas graves de doenças respiratórias em crianças de até 3 meses e em 69% naqueles de até 6 meses de vida.
Importância da Imunização contra o Vírus Sincicial Respiratório
Em idosos, a proteção contra quadros respiratórios graves chega a 85,7%. O vírus sincicial respiratório é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite até 2 anos. A doença causa a inflamação dos bronquíolos, parte final dos brônquios, responsáveis pela distribuição do oxigênio nos pulmões.
Em entrevista recente ao Estadão, a pediatra Flávia Jaqueline, do Hospital Sabará Infantil, em São Paulo, explicou que o VSR circula principalmente no outono e no inverno, em especial nos meses de maio e abril. Contudo, o ciclo foi atípico dessa vez. ‘Por ser um vírus transmitido pelas vias respiratórias, durante a pandemia, com o isolamento social, ele circulou menos. Com o final das medidas de isolamento social, a circulação do VSR vem retornando aos padrões pré-pandemia, o que pode ter colaborado com o aumento das taxas de internação nos últimos anos’, afirmou.
Vale destacar que, além do VSR, a bronquiolite também pode ser causada por outros vírus, como o influenza e o adenovírus, de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Os sintomas da doença são muito parecidos com os de um resfriado.
De acordo com o Ministério da Saúde, os mais comuns são: febre baixa, dor de garganta, cabeça e nariz escorrendo. A pasta destaca ainda alguns sinais de alerta para a bronquiolite, que indicam a necessidade de buscar um atendimento médico. São eles: febre alta, tosse persistente, dificuldade para respirar, chiado no peito e lábios e unhas arroxeadas.
Importância da Imunização na Prevenção da Bronquiolite
A pediatra do Sabará cita também a dificuldade na hora de mamar como um indicativo importante de gravidade da doença. ‘O bebê com bronquiolite fica muito cansado, já que é difícil respirar. Isso muitas vezes acaba se manifestando através da dificuldade na hora de mamar.’
Com relação ao tratamento, não há nenhum específico para o VSR, principal causador da doença, nem contra a bronquiolite. O Ministério da Saúde recomenda evitar contato com pessoas contaminadas e reforçar cuidados básicos de higiene, como lavagem frequente das mãos e de objetos potencialmente contaminados, como brinquedos. Agora, a vacinação chega como aliada fundamental na prevenção do quadro.’
Fonte: © Notícias ao Minuto
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