Apenas cinco dos 276 atletas brasileiros inscritos na competição não receberam dinheiro do programa de Bolsa Pública.
Nas próximas semanas, 276 atletas de 39 modalidades irão participar dos Jogos Olímpicos de Paris. Dentre eles, 9 em cada 10 tiveram acesso, durante a preparação, ao auxílio financeiro do Bolsa Atleta – o que mostra o compromisso do país com o esporte de alto rendimento.
Além disso, é importante destacar que o Bolsa Atleta não é apenas um benefício esportivo, mas sim um programa de incentivo fundamental para o desenvolvimento do esporte no Brasil. Com esse apoio financeiro, os atletas podem se dedicar integralmente aos treinos e competições, buscando sempre alcançar os melhores resultados possíveis.
Bolsa: um benefício financeiro para atletas de alto rendimento
De acordo com informações do Ministério do Esporte, 241 dos 276 atletas brasileiros estão atualmente recebendo a Bolsa pública. Apenas cinco integrantes da delegação nunca foram contemplados pelo programa de incentivo. Destinado a atletas que se destacam em competições nacionais e internacionais, o Bolsa Atleta é um auxílio fundamental para garantir condições mínimas aos profissionais, permitindo que se dediquem exclusivamente ao esporte.
Em 2024, houve um reajuste no valor do auxílio, após 14 anos sem alterações. Apesar do aumento de 10,8%, especialistas apontam que o valor ainda não é suficiente para cobrir todas as despesas dos atletas e suprir outras demandas essenciais para quem vive do esporte. O investimento total do governo no programa alcançou R$ 148,9 milhões no último ano.
Criado em 2004 durante o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Bolsa Atleta já destinou cerca de R$ 1,7 bilhão em benefícios para mais de 37 mil profissionais. Atletas olímpicos e paralímpicos recebem um auxílio mensal de R$ 3.437, valor que varia de acordo com a categoria e experiência de cada atleta.
O programa visa proporcionar independência financeira aos esportistas, como destaca Hugo Parisi, atleta olímpico em quatro edições dos jogos. Parisi ressalta que a bolsa é uma ajuda de custo importante, embora não cubra todas as despesas técnicas necessárias. Ele só alcançou independência financeira aos 22 anos, um ano após sua participação nas Olimpíadas de Atenas em 2004.
Além do auxílio do governo, Parisi precisou buscar outras fontes de renda para complementar seus ganhos. Ele enfatiza que a bolsa foi fundamental para aliviar as despesas da família e permitir que ele se dedicasse integralmente ao esporte. O Bolsa Atleta prioriza os representantes do país nos jogos olímpicos e paralímpicos, com modalidades como atletismo e vôlei sendo as mais beneficiadas.
O programa oferece seis categorias de auxílio, com valores atualizados em 2024 após o reajuste. Os benefícios variam de acordo com a categoria do atleta, indo de R$ 410 para Atletas de Base e estudantis até R$ 16.629 para a categoria Pódio. O Bolsa Atleta abrange profissionais de diversas áreas esportivas, não se limitando apenas aos participantes das Olimpíadas, garantindo um incentivo financeiro essencial para o desenvolvimento do esporte no país.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo