Hamas exige fim da guerra. Israel recusa qualquer retirada de suas forças em Gaza, sem garantias. Libertação de reféns e prisioneiros é palestino apelivo. Israel mantém suas posições extremas no acordo sério.
As chances de um cessar-fogo em Gaza pareciam diminutas no domingo (5), com o Hamas mantendo o pedido de finalização da guerra em troca da libertação de reféns, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descartando totalmente essa possibilidade. Ambos os lados se acusavam mutuamente pelo impasse. No segundo dia de negociações de trégua no Cairo, com a mediação do Egito e do Catar, os representantes do Hamas permaneceram firmes em sua posição de que qualquer acordo de trégua deve significar o fim da guerra, relataram autoridades palestinas.
Por outro lado, Netanyahu reiterou a determinação de Israel em desarmar e desmantelar permanentemente o Hamas, desde o início do conflito, há aproximadamente sete meses. O primeiro-ministro afirmou que Israel está disposto a parar os combates em Gaza para garantir a libertação dos reféns ainda em poder do Hamas, estimados em mais de 130. ‘Apesar da disposição demonstrada por Israel, o Hamas mantém suas posições extremas, a principal delas sendo a exigência de retirada completa de nossas forças da Faixa de Gaza, o fim da guerra e a permanência do Hamas no poder’, destacou Netanyahu, sublinhando a complexidade da situação atual.
Esforços pelo Cessar-Fogo e Paz
Israel rejeitou veementemente a proposta do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, em busca de um cessar-fogo abrangente que ponha fim à suposta ‘agressão’ israelense. Haniyeh enfatizou a necessidade de garantir a retirada de Israel de Gaza e alcançar um acordo ‘sério’ para libertar reféns em troca de prisioneiros palestinos de Israel.
A escalada do conflito, desencadeada pelo ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro, resultou em trágicas perdas humanas, com mais de 34.600 palestinos mortos e 252 reféns feitos pelos israelenses. A pressão por um acordo de cessar-fogo só aumenta, enquanto a devastação e a crise humanitária em Gaza se agravam a cada dia.
Em meio a acusações mútuas, Haniyeh responsabilizou Netanyahu pela continuação da agressão e pela sabotagem dos esforços de mediação. Apesar dos obstáculos, as negociações no Cairo buscam encaminhar um cessar-fogo abrangente, enfrentando a resistência de Israel em comprometer-se.
Desafios e Perspectivas pela Trégua
As conversações enfrentam desafios significativos, com a recusa de Israel em aceitar um cessar-fogo abrangente. A delegação do Hamas mantém a esperança de influenciar Israel por meio de mediadores. O envolvimento do Catar e do Egito busca reativar um breve cessar-fogo anterior, diante da preocupação internacional com a escalada de violência.
Enquanto isso, fontes egípcias revelaram a presença do diretor da CIA, William Burns, no Cairo, destacando os esforços dos mediadores para alcançar uma trégua duradoura. A pressão internacional aumenta, com potências ocidentais e Israel engajadas em buscar uma solução para o conflito.
Os termos preliminares do possível acordo incluem a libertação de centenas de prisioneiros palestinos em troca do retorno de parte dos reféns. No entanto, o impasse persiste, deixando cerca de 100 reféns ainda retidos em Gaza, aguardando a conclusão de um acordo adicional para sua libertação.
Apelo por um Acordo de Cessar-Fogo
Enquanto milhares de israelenses se mobilizam em protestos exigindo um acordo de cessar-fogo, a pressão sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aumenta. O clamor por uma solução pacífica e a libertação dos reféns restantes ecoa nas ruas, impulsionando as negociações e sinalizando a urgência de garantir a paz na região.
Fonte: @ CNN Brasil
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