Pesquisadores usarão Telescópio Espacial James Webb para analisar atmosfera de Gliese 12b, teoricamente habitável, menor que a Terra, maior que Vênus.
Duas equipes de cientistas descobriram um planeta teoricamente habitável, menor que a Terra, mas maior que Vênus, orbitando uma pequena estrela a cerca de 40 anos-luz de distância. O exoplaneta, chamado Gliese 12b, orbita uma estrela anã vermelha fria situada na constelação de Peixes e tem cerca de 27% do tamanho do nosso Sol e 60% da sua temperatura, de acordo com dois estudos publicados na quinta-feira (23) nas revistas The Astrophysical Journal Letters e Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Um exoplaneta é um planeta que está fora do Sistema Solar.
Além disso, a descoberta desse exoplaneta levanta questões fascinantes sobre a possibilidade de vida extraterrestre em outros sistemas estelares. A existência de um planeta potencialmente habitável como Gliese 12b nos lembra da vastidão e diversidade do universo além do nosso próprio Sistema Solar. A pesquisa contínua sobre exoplanetas nos ajuda a expandir nosso conhecimento sobre os mundos distantes que existem além da nossa compreensão atual.
Descoberta de Exoplaneta em Zona Habitável de Sistema Estelar Duplo
Cientistas recentemente divulgaram a descoberta de um exoplaneta semelhante a Netuno localizado em uma zona habitável de um sistema estelar duplo. O planeta, denominado Gliese 12b, orbita uma estrela que é significativamente menor que o Sol, o que o mantém dentro da distância ideal para a existência de água líquida, apesar de completar sua órbita a cada 12,8 dias.
A equipe de pesquisa, liderada por Masayuki Kuzuhara e Akihiko Fukui, descreveu Gliese 12b como um mundo temperado, com tamanho comparável ao da Terra, em trânsito, sendo o mais próximo já identificado até o momento. Essa descoberta é particularmente significativa, pois oferece a oportunidade de estudar a composição atmosférica do planeta e a possibilidade de encontrar água, um elemento crucial para a sustentação da vida.
Os cientistas explicaram que a identificação de exoplanetas como Gliese 12b é fundamental para ampliar o conhecimento sobre mundos potencialmente habitáveis. Larissa Palethorpe, co-líder do estudo, ressaltou a importância dessa descoberta, destacando que poucos exoplanetas apresentam características tão promissoras para abrigar vida.
Para localizar Gliese 12b, os pesquisadores utilizaram dados fornecidos pelo Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da Nasa, um telescópio que monitora diversas estrelas mensalmente em busca de variações em seu brilho, indicativas da presença de exoplanetas em órbita. A escolha de estrelas anãs vermelhas como alvo facilita a detecção de exoplanetas devido ao maior escurecimento durante os trânsitos.
Embora ainda não se saiba com certeza a composição da atmosfera de Gliese 12b, os cientistas planejam utilizar o Telescópio Espacial James Webb para realizar análises espectroscópicas. Esse método permitirá identificar as moléculas presentes na atmosfera do exoplaneta, revelando informações importantes sobre sua habitabilidade e semelhanças com outros corpos celestes do Sistema Solar.
A descoberta de Gliese 12b representa um avanço significativo no estudo de exoplanetas e reforça a importância de investigar mundos além do nosso Sistema Solar em busca de sinais de vida e condições habitáveis.
Fonte: © CNN Brasil
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