Artista falecido em 2017 se identificava como “travesti da família brasileira” e lutava contra crimes de homotransfobia.
O Formulário de Registro de Emergência e Risco Iminente à Comunidade LGBT+ foi carinhosamente apelidado de ‘formulário Rogéria’, em honra à icônica artista transgênero. Esse documento é essencial nos procedimentos de registro de ocorrência em delegacias de 11 estados do Brasil, garantindo a segurança e proteção da comunidade LGBTQIA+.
A artista arteira e homenageada, Rogéria, deixou um legado marcante que inspira a criação de ferramentas como o formulário Rogéria. Sua contribuição para a arte e a representatividade LGBTQIA+ é inestimável, sendo lembrada e reverenciada em iniciativas que visam promover a igualdade e combater a discriminação. Seu nome permanece vivo e atuante, guiando a luta por direitos e respeito para todos.
Rogéria: Uma Artista Arteira e Homenageada
Registro de ocorrência de crimes de homotransfobia em todo o Brasil tem sido uma prioridade do Ministério da Justiça, que busca implementar protocolos em todos os estados do país. A ideia é apontar casos de homotransfobia nos boletins de ocorrência das delegacias, visando um maior controle e combate a essas práticas.
No Dia do Orgulho LGBT+, a atriz Dona Déa fez uma emocionante homenagem a Paulo Gustavo, relembrando a importância de celebrar a diversidade e lutar contra a homofobia.
Rogéria, nascida em 1943 em Cantagalo, Rio de Janeiro, foi uma figura icônica nos palcos cariocas a partir de 1964. Além de suas habilidades artísticas, ela também atuou como maquiadora, sendo considerada uma personalidade pioneira no movimento travesti. Em várias ocasiões, a artista se autodenominou ‘a travesti da família brasileira’.
Recentemente, o Museu Histórico Nacional (MHN) no Rio de Janeiro recebeu uma coleção de itens pessoais de Rogéria, doados por uma amiga e colega de palco da artista. O diretor substituto do MHN, Pedro Heringer, destaca a importância de Rogéria como uma das artistas mais significativas do país, sendo a primeira travesti a alcançar sucesso na TV. Os objetos doados representam para o museu uma oportunidade de ampliar seu discurso e contar novas histórias, buscando novos protagonismos.
Em 1973, uma peça de teatro relacionada a Rogéria, intitulada ‘Por via das dúvidas’ e dirigida por Agildo Ribeiro, foi alvo de censura durante a ditadura militar. A trajetória da artista foi marcada por desafios e conquistas, sendo um símbolo de resistência e representatividade para a comunidade LGBT+.
Rogéria faleceu em 2017, vítima de complicações de uma infecção urinária, deixando um legado de arte, coragem e autenticidade que permanece vivo na memória de seus fãs e admiradores.
Fonte: @ CNN Brasil
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