Implementação do plano até 2027 envolve marcos históricos no Brasil, promovendo medidas para garantir direitos dos povos e objetivos participativos.
O Ministério da Igualdade Racial anunciou hoje o lançamento do Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos. Segundo a pasta, o documento representa um avanço significativo para a comunidade cigana no Brasil, sendo considerado um marco importante. Pela primeira vez, o país terá uma política específica destinada aos Povos Ciganos.
O Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos é um passo fundamental para promover a inclusão e a igualdade dessas comunidades. A iniciativa visa garantir direitos e oportunidades para os Ciganos em diversas áreas, contribuindo para a valorização de sua cultura e tradições. A implementação desse plano representa um compromisso do governo em reconhecer e respeitar a diversidade presente em nossa sociedade.
Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos: Promovendo Medidas para Garantir Direitos
De acordo com informações do ministério, a proposta central é promover medidas interdisciplinares para assegurar os direitos dos povos ciganos. O plano foi elaborado com base em um marco histórico Brasil, estruturado em dez objetivos que abrangem o combate ao anticiganismo, o reconhecimento da territorialidade específica dos povos ciganos, o direito à cidade, a educação, a saúde, a documentação civil básica, a segurança alimentar e a soberania, o trabalho, o emprego e a renda, além da valorização da cultura.
A política nacional resulta de uma abordagem participativa e colaborativa, que contou não somente com as instituições governamentais, mas também com as próprias comunidades ciganas, organizações da sociedade civil e especialistas no tema. Isso se deu por meio das ações da Caravana Brasil Cigano, conforme explicado pela pasta responsável.
Objetivos do Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos
Os objetivos do Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos, a serem implementados a partir das ações previstas deste ano até 2027, incluem:
– Combater o anticiganismo como expressão do preconceito, a discriminação étnico-racial e o discurso de ódio contra os povos ciganos;
– Reconhecer a territorialidade própria dos povos ciganos, considerando a dinâmica de itinerância das rotas;
– Reconhecer o direito à cidade, à infraestrutura básica e à moradia digna, em áreas urbanas ou rurais no formato de rancho, bairro, vilas, comunidades ou acampamentos ciganos;
– Ampliar a presença de crianças, jovens e adultos ciganos nas instituições de ensino, em todos os níveis de escolaridade;
– Atender às especificidades dos povos ciganos nas políticas de atenção à saúde;
– Ampliar o acesso dos povos ciganos à documentação civil básica;
– Promover a segurança e a soberania alimentar e nutricional dos povos ciganos;
– Ampliar o acesso das pessoas ciganas ao trabalho, ao emprego, à renda e à seguridade social;
– Valorizar a cultura e promover as práticas e saberes tradicionais dos povos ciganos;
– Promover o debate da história e da cultura dos povos ciganos no país em colaboração com o sistema de ensino.
Fonte: @ Agencia Brasil
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