Chanceler brasileiro convocado por Maduro para reunião sobre reconhecimento da reeleição. Atas de votação e detalhes das urnas serão publicados.
📲 Siga o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter. O Ministério das Relações Exteriores orientou a embaixadora do Brasil na Venezuela, Gilvânia Maria de Oliveira, a não comparecer a uma reunião com o atual presidente do país, Maduro, que ocorrerá nesta segunda-feira (29).
Por questões diplomáticas, a representante brasileira foi aconselhada a evitar o encontro com Nicolás Maduro. A decisão de não participar da reunião com o presidente Maduro foi tomada visando preservar as relações entre os dois países.
Reunião de Reconhecimento da Reeleição de Nicolás Maduro
A apuração revelou que o presidente do país, Nicolás Maduro, convocou os representantes de diversas nações para um encontro crucial de reconhecimento de sua reeleição. A orientação partiu do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, liderado por Mauro Vieira. Com esse movimento, a expectativa é que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva só reconheça o resultado reivindicado por Maduro, que tem sido contestado pela oposição e por outros países, quando as atas de votação forem finalmente publicadas pelo CNE, o órgão venezuelano responsável pelo pleito.
Detalhes das Urnas e Cobrança pela Publicação das Atas
As informações apuradas indicam que o Palácio do Planalto solicitou à Venezuela a divulgação dos detalhes das urnas, o que ainda não foi feito pelo CNE. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em conjunto com Colômbia e México, está estudando a emissão de uma nota de cobrança para a publicação das atas das eleições venezuelanas, que ocorreram no último domingo (28). Essa nota será enviada ao CNE, e Mauro Vieira está atualmente em uma reunião no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF), com representantes dos governos colombiano e mexicano para discutir esse assunto. A expectativa é que a nota seja divulgada ainda hoje, segunda-feira (29).
Protestos e Contestação da Reeleição de Maduro
A reeleição de Maduro tem gerado protestos em várias partes do país, com cidadãos exigindo mais transparência no processo eleitoral. Em Caracas, manifestantes estão realizando ‘panelaços’, e as ruas próximas ao Palácio Presidencial estão bloqueadas. De acordo com o CNE, Maduro obteve 5,15 milhões de votos, correspondendo a 51,2% do total, garantindo assim seu terceiro mandato consecutivo, que o manterá no poder até 2031.
Críticas Internacionais e Exigência de Transparência
Além dos protestos internos, houve críticas e exigências de transparência por parte de outros países. Argentina e Colômbia registraram manifestações contra a reeleição de Maduro, especialmente devido à falta de divulgação detalhada da contagem dos votos. O presidente argentino, Javier Milei, afirmou que a Argentina não reconhece a ‘fraude eleitoral’ na Venezuela e respondeu às acusações de Maduro. Outros países, como Chile, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, pediram uma revisão completa dos dados eleitorais. O presidente chileno, Gabriel Boric, declarou que não reconhecerá nenhum resultado que não seja verificável, enfatizando a importância da transparência no processo eleitoral.
Fonte: © A10 Mais
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