Presidente da Venezuela alertou jovens sobre ameaças via aplicativo, incentivando a população a desinstalar o app. Marcha da Juventude e canal no Youtube são ferramentas de líderes políticos e comunitários.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou hoje que o WhatsApp está sendo utilizado para prejudicar o país. Ele recomendou que os cidadãos desinstalem o aplicativo e optem por alternativas como o Telegram, desenvolvido na Rússia, e o WeChat, da China. Maduro fez o pronunciamento durante a Marcha da Juventude e dos Estudantes pela Defesa da Paz, enfatizando a importância de proteger a segurança nacional.
Além disso, o presidente venezuelano alertou sobre os riscos de utilizar aplicativos de mensagens que possam comprometer a soberania do país. Maduro ressaltou a necessidade de adotar medidas para garantir a proteção dos dados e a comunicação segura, destacando a importância de escolher plataformas confiáveis para a troca de informações sensíveis.
Maduro anuncia que vai desinstalar o WhatsApp de seu telefone
A fala do presidente da Venezuela foi transmitida ao vivo pelo canal dele no Youtube. Maduro afirmou que romperá relações com o WhatsApp, alegando que o aplicativo de mensagens está sendo utilizado para ameaçar a população do país. Ele declarou que eliminará o WhatsApp de seu telefone para sempre e transferirá gradualmente seus contatos para o Telegram e o WeChat. O líder venezuelano incentivou os jovens presentes na Marcha da Juventude a rejeitarem o aplicativo, alegando que o WhatsApp está sendo usado para ameaçar líderes políticos e comunitários que não apoiam o regime.
Maduro pede retirada progressiva do WhatsApp dos celulares venezuelanos
Maduro defendeu a retirada voluntária, progressiva e radical do aplicativo de mensagens dos celulares dos venezuelanos. Ele enfatizou a importância de escolher entre a violência e a paz, os fascistas e a pátria, o imperialismo e a Venezuela. O presidente instou a população a se posicionar a favor do governo e contra qualquer forma de oposição. A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Meta, responsável pelo WhatsApp, mas não obteve resposta.
Resultado eleitoral contestado na Venezuela
Nicolás Maduro foi declarado vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O órgão, presidido por um aliado do presidente, anunciou que Maduro obteve 51,95% dos votos, enquanto seu opositor, Edmundo González, recebeu 43,18%. A oposição e a comunidade internacional contestam o resultado e pedem a divulgação das atas eleitorais. Segundo uma contagem paralela da oposição, González teria vencido com 67% dos votos.
Controvérsia internacional sobre eleições na Venezuela
Estados Unidos, Panamá, Costa Rica, Peru, Argentina e Uruguai declararam que o candidato da oposição venceu Maduro, com base em contagens paralelas. A Organização dos Estados Americanos (OEA) também não reconheceu o resultado das eleições. Observadores relataram indícios de distorção do resultado pelo governo Maduro e uso de repressão para influenciar o pleito. Brasil, Colômbia e México pediram a divulgação das atas eleitorais e a resolução do impasse de forma institucional, respeitando a soberania popular.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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