Caso em comunidade terapêutica de Cotia, SP: testemunho para Polícia, funcionário químico hospitalizado, luta partes internas, matador-de-leão, socorridos pronto-socorro.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Matheus de Camargo Pinto, 24, monitor da Comunidade Terapêutica Efatá, em Cotia, na Grande São Paulo, onde ocorreram agressões fatais, admitiu em depoimento à Polícia Civil que praticou agressões contra o interno. O paciente, que era dependente químico e foi internado para tratamento, faleceu na segunda-feira (8).
As agressões dentro de instituições de tratamento são inaceitáveis e refletem a triste realidade da violência que muitas pessoas enfrentam em busca de ajuda. É crucial que medidas sejam tomadas para prevenir futuros ataques e garantir a segurança dos pacientes. A agressividade não pode ter lugar em locais destinados à recuperação e cuidado com a saúde mental.
Novos detalhes sobre as agressões na clínica
Uma testemunha, Matheus, forneceu um testemunho chocante sobre as agressões sofridas por Jarmo na clínica. Segundo ele, Jarmo chegou transtornado por volta das 20h de sexta-feira e precisou ser contido com uso da força. Funcionários e proprietários da clínica tiveram que agir rapidamente para controlar a situação.
Os relatos de Matheus continuam a descrever a violência que ocorreu no local. Ele mencionou que os funcionários que levaram Jarmo para a clínica também o agrediram durante o processo de internação. No dia seguinte, Jarmo teria tentado agredir outros monitores, resultando em mais confrontos físicos.
A situação se intensificou quando Jarmo começou a danificar o quarto onde estava alojado. Matheus e outros monitores tiveram que intervir novamente, resultando em mais agressões físicas, incluindo o uso de um mata-leão para contê-lo. Após o incidente, Jarmo foi deixado sozinho no quarto, que precisou passar por limpeza devido aos danos causados.
No dia seguinte, ao oferecer café da manhã a Jarmo, Matheus notou que o paciente queria ir embora. Mais tarde, ao retornar com o almoço, encontrou Jarmo caído no chão. O paciente foi imediatamente socorrido e levado para o pronto-socorro de Vargem Grande Paulista, onde infelizmente veio a falecer.
Matheus, que estava na clínica há apenas 12 dias, foi preso sob acusação de homicídio, com a prisão sendo convertida em preventiva pela Justiça. A advogada da clínica se recusou a comentar sobre o caso, alegando que os donos já prestaram esclarecimentos à polícia e que não estavam presentes durante as agressões.
A Polícia Civil de São Paulo, com o apoio do Grupo de Operações Especiais, investigou o caso e obteve evidências das agressões. Um áudio vazado revela Matheus discutindo as agressões com terceiros. O caso foi registrado como tortura na Delegacia de Cotia, e imagens divulgadas pela TV Bandeirantes mostram a vítima em estado debilitado, cercada por pessoas que parecem não levar a situação a sério.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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