Partido Verde diz que a formação de um novo governo será dominante na maior economia, segundo período de volatilidade.
O governante da França, Emmanuel Macron, solicitou nesta segunda-feira (8) ao chefe do governo Gabriel Attal que se mantenha no cargo por enquanto, enquanto se aguarda o desenrolar do que serão discussões complicadas para formar um novo governo após uma inesperada vitória da esquerda nas eleições que resultaram em um Parlamento suspenso.
No segundo parágrafo, é fundamental garantir uma transição suave na administração do país, assegurando que a autoridade seja mantida e que a gestão dos assuntos públicos continue de forma eficaz e transparente. É preciso agir com cautela e determinação para enfrentar os desafios que surgirão nesse período de transição política.
Governo: Nova Frente Popular Emergente
A Nova Frente Popular (NFP), de esquerda, surgiu como a autoridade dominante na Assembleia Nacional após as eleições de domingo (7), frustrando a tentativa de Marine Le Pen de levar a extrema-direita ao poder. No entanto, como nenhum grupo garantiu uma maioria de trabalho, o desfecho anunciou um período de volatilidade política antes dos Jogos Olímpicos de Paris e aumentou a incerteza entre os investidores sobre quem administraria a segunda maior economia da zona do euro.
Não será uma tarefa simples, nem fácil, e tampouco confortável’, declarou a líder do Partido Verde, Marine Tondelier, à Rádio France Inter. ‘Será necessário um tempo.’ As opções incluem a gestão de um governo minoritário pela NFP ou a formação de uma coalizão pesada de partidos com poucos pontos em comum.
O primeiro-ministro Gabriel Attal, um centrista e aliado próximo de Macron, apresentou sua renúncia, mas o chefe de Estado a recusou. ‘O presidente solicitou a Gabriel Attal que permanecesse como primeiro-ministro por enquanto, visando assegurar a estabilidade do país’, informou o gabinete de Macron em um comunicado.
Um Parlamento fragmentado complicará a aprovação de uma agenda interna e provavelmente enfraquecerá a autoridade da França na União Europeia. A esquerda conquistou 182 cadeiras; a aliança de centro de Macron, 168; e o Reunião Nacional (RN), de Le Pen e seus aliados, 143, de acordo com dados do Ministério do Interior citados pelo jornal Le Monde.
Outras fontes jornalísticas contabilizaram de forma ligeiramente distinta, e os números finais dependerão, em parte, da adesão de parlamentares individuais a diferentes grupos. O ministro do Interior, Gérald Darmanin, foi avistado entrando no palácio presidencial do Eliseu logo após Attal, sugerindo que o presidente estava avaliando a opinião de seus aliados sobre os próximos passos.
Os líderes dos partidos que compõem a NFP se reuniram durante a noite e devem se encontrar novamente hoje para debater quem deve substituir Attal e qual estratégia a aliança deve adotar, conforme uma fonte do Partido Comunista, um de seus membros menores.
A NFP, reunida às pressas para essa eleição na tentativa de unificar o voto da esquerda contra a extrema-direita, não possui um único líder e não revelou, antes da eleição, quem seria sua escolha para primeiro-ministro. Marine Tondelier, uma das várias figuras da NFP consideradas como possíveis candidatas ao cargo, mencionou na Rádio France Inter que poderia ser alguém do partido de extrema-esquerda França Insubmissa, dos Verdes ou dos Socialistas, os três maiores partidos da aliança.
Contudo, não há consenso sobre questões cruciais, como a necessidade de o bloco buscar apoio de outras forças, como os centristas de Macron. Olivier Faure, o líder socialista, afirmou à Rádio France Info que espera que os partidos cheguem a um acordo sobre um plano nesta semana, mas evitou responder se a NFP estaria disposta a negociar um acordo com o campo centrista de Macron. Jean-Luc
Fonte: @ Agencia Brasil
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