Decradi enviou caso ao MP-RJ por indiciamento da Polícia Civil na Delegacia de Crimes Raciais. População prepara comemoração de aniversário da cidade, com centro de umbanda fechado. O tempo começa a ser crucial para salvar.
A sociedade precisa se unir para combater a intolerância religiosa, que infelizmente ainda persiste em nosso país. É fundamental promover o respeito e a compreensão entre as diferentes crenças, construindo assim um ambiente de convivência harmoniosa e intolerante.
A disseminação do discurso intolerante pode levar à discriminação religiosa e, em casos extremos, até mesmo a atos de crime religioso. Por isso, é essencial que a justiça atue de forma firme e rápida contra qualquer manifestação de ódio ou violência baseada na fé alheia, assegurando o respeito à liberdade religiosa de todos os cidadãos.
Polícia Civil indiciou pastor por discurso intolerante
Procurado pela reportagem, Valadão respondeu por mensagem que não comentaria o indiciamento. O inquérito foi aberto após falas de Valadão durante um evento em maio de 2022, no município de Itaboraí (RJ), a cerca de 58 km do Rio de Janeiro. Durante apresentações de comemoração pelo aniversário de 189 anos da cidade, Valadão afirmou, no palco, que a população local deveria se preparar ‘para ver muito centro de umbanda sendo fechado na cidade’.
Crime religioso: discriminação é intolerável
Valadão declarou que era permitido ‘matar galinha, fazer farofa, fazer o que quiser’ e anunciou: ‘Vem um tempo aí. Deus vai começar a salvar esses pais de santo que têm aqui na cidade. Chegou o tempo, Itaboraí.’ O tempo de tolerância com tais discursos intolerantes é cada vez mais escasso.
Delegacia Crimes Raciais: investigando atos de intolerância
Felippe Valadão e a esposa dele, Mariana Valadão, inauguraram a igreja Lagoinha Itaboraí nove meses após o discurso polêmico. Mariana Valadão, filha do pastor Márcio Valadão, lidera a igreja batista Lagoinha, com ampla presença nas redes sociais.
Ao longo de 2022, o Ministério Público do Rio de Janeiro entrou com ação civil pública contra o pastor, pedindo uma indenização de R$ 300 mil por danos morais coletivos, devido à discriminação religiosa. A liberdade de expressão não pode ser usada como justificativa para o discurso intolerante e desrespeitoso.
Reflexão sobre a intolerância religiosa
O advogado de defesa de Valadão afirmou que o discurso do pastor foi mal interpretado ou distorcido de forma deliberada. No entanto, é fundamental refletir sobre as consequências da disseminação de discursos que promovem a discriminação religiosa e incitam o fechamento de locais de culto.
A Polícia Civil indiciou o pastor por suas palavras inadequadas durante o evento de comemoração em Itaboraí. A sociedade precisa se unir contra a intolerância religiosa e garantir que todos tenham liberdade de crença e prática religiosa, sem sofrer discriminação ou preconceito.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo