Profissional da rede de ensino chamou a menor de
preta
preta
e
cabelo duro
, Cristiani, fumava crack, arremessou uma bolinha.
Uma educadora, conhecida como Cristiani Bispo, foi detida em flagrante após praticar racismo contra uma criança de 8 anos na Escola Municipal Estados Unidos, no Catumbi, região central do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (7). A mãe da criança relatou à CNN que a professora já havia feito comentários preconceituosos em relação à menor em ocasiões anteriores.
O caso chocou a comunidade escolar e reacendeu o debate sobre a persistência do racismo no ambiente educacional. É fundamental combater qualquer forma de discriminação e injúria racial para garantir um ambiente seguro e acolhedor para todas as crianças. A educação é a chave para promover a diversidade e a inclusão, e é preciso estar atento para coibir atitudes que perpetuem o preconceito e a discriminação racial.
Racismo e suas diversas formas de manifestação
Segundo o relato de Lorhane Sampaio, sua filha foi alvo de injúrias raciais por parte de Cristiani na última quarta-feira (5). No mesmo dia, a profissional proferiu comentários preconceituosos, mencionando que a menor fumava crack e arremessou uma bolinha de papel em direção à criança. A vítima, identificada como vítima, já havia comunicado a coordenação da escola sobre os episódios de discriminação.
Após o lamentável episódio ocorrido na quarta-feira, Lorhane dirigiu-se à escola no mesmo dia para realizar uma ata. Posteriormente, ao acionar a patrulha, foi orientada a registrar uma ocorrência, procedimento que foi efetuado no 6° DP, na quinta-feira (6). A menor retornou às aulas na manhã de sexta-feira (7).
Por volta das 10h40, a filha de Lorhane conversou com a professora de sua prima, que também frequentava a mesma instituição, e relatou que Cristiani havia proferido comentários preconceituosos, chamando-a de ‘preta’ e de ‘cabelo duro’.
Diante disso, a sobrinha de Lorhane entrou em contato para informar sobre o ocorrido com sua prima, o que levou a mãe da menor a acionar a polícia e dirigir-se à escola. Na instituição, a professora alegou estar passando mal, mencionando pressão alta, e chegou a desacatar os agentes de segurança, tentando evadir-se.
Após deixar a escola, a professora foi conduzida em uma viatura de escolta do Corpo de Bombeiros ao Hospital Municipal Souza Aguiar. Posteriormente, ela e a mãe da vítima dirigiram-se ao 6° DP para registrar a ocorrência, sendo encaminhadas, em seguida, ao 19° DP, onde a menor foi ouvida.
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) emitiu uma nota informando que a mulher foi autuada em flagrante pelo crime de injúria racial. O caso foi encaminhado à Justiça para as devidas providências legais.
Diante da gravidade dos fatos, a professora foi afastada de suas funções e uma sindicância foi instaurada para apurar o ocorrido, conforme informou a Secretaria Municipal de Educação (SME) do Rio de Janeiro. A pasta destacou que qualquer forma de discriminação contra os alunos é inadmissível, sendo rigorosamente combatida e punida.
A professora encontra-se sob risco de demissão do serviço público após a conclusão da apuração do caso. A CNN está em busca de contato com a defesa da profissional para obter um posicionamento sobre o ocorrido.
Fonte: @ CNN Brasil
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