Relato em acordo de delação premiada revela uso de submetralhadora equipada com suppressor em assassinatos. Investigação apura veracidade das informações.
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O ex-policial militar Ronnie Lessa relatou ter visitado um motel abandonado para testar a arma utilizada no assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em 2018. O depoimento foi prestado durante o acordo de colaboração premiada firmado com a Polícia Federal e a PGR (Procuradoria-Geral da República).
No segundo parágrafo, Lessa mencionou que a metralhadora foi escolhida especificamente para o crime, destacando a frieza com que o plano foi executado. Ele revelou detalhes sobre a preparação e a execução do ataque, ressaltando a importância da arma no desfecho trágico daquele episódio.
Investigações em Andamento sobre a Arma na Delação Premiada
Órgãos continuam a investigar se todo o conteúdo da delação é verídico. O ex-PM Lessa detalhou os ‘testes mecânicos’ realizados com a metralhadora do crime. Segundo ele, tais testes são essenciais, pois toda arma equipada com suppressor de ruídos precisa estar devidamente alinhada para evitar acidentes graves. O depoimento em vídeo foi divulgado pelo jornal O Globo, revelando o local escolhido: um motel abandonado na Estrada do Catonho, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro.
Testes Mecânicos e Disparos com a Submetralhadora
Lessa aproveitou a oportunidade para efetuar disparos com a submetralhadora MP5, usada no homicídio da vereadora Marielle. Ele testou o supressor de ruídos para garantir sua eficácia, disparando cinco ou seis tiros que atingiram um barranco próximo a um conjunto de apartamentos inacabados. Lessa explicou que disparou uma rajada curta, posicionando a metralhadora e engatilhando antes de efetuar os disparos.
Detalhes do Depoimento e a Metralhadora
Os projéteis podem estar alojados no barranco, considerando a penetração limitada dos disparos na terra. Lessa não se preocupou em recuperá-los, mas acredita que sejam facilmente encontrados. Ele ressaltou a importância de garantir que a arma estivesse em perfeitas condições para a missão, enfatizando a necessidade de precisão.
Envolvimento nos Crimes e Acusações
Ronnie Lessa foi apontado como executor do assassinato de Marielle. Em sua delação à PF, mencionou que a morte da vereadora resultaria em benefícios financeiros significativos, incluindo um lucro estimado em mais de US$ 20 milhões. Além disso, irmãos Brazão e delegado foram denunciados por participação no crime, sendo descritos como mentores intelectuais e cúmplices no planejamento e execução. Os acusados negam as alegações.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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