Por que só LGBTs enfrentam problemas na abertura dos Jogos? Mostra representações da comunidade, parcela cristã revoltada e da população.
Foto: Reprodução Redes Sociais / Porto Alegre 24 horas Em meio a um cenário de pluralidade e interculturalidade, a inauguração dos Jogos Olímpicos de Paris foi marcada por um momento emblemático. Drag queens e diversas manifestações da comunidade LGBTQIAPN+ reuniram-se à mesa para recriar a Santa Ceia, cena retratada por Leonardo Da Vinci em 1498.
A representação contemporânea da Santa Ceia durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris ecoou como uma celebração da diversidade e inclusão. A cena, inspirada na obra de Da Vinci, trouxe à tona a importância de respeitar e acolher a pluralidade de identidades, reforçando assim a mensagem de que todos são bem-vindos à mesa da humanidade.
Reflexões sobre a Santa Ceia e a Última Ceia
Para uma parcela revoltada de cristãos nas redes sociais, a representação da Santa Ceia em uma pintura recente gerou grande controvérsia. Para eles, trata-se de um grande desrespeito, uma verdadeira blasfêmia. A pintura, que simboliza uma passagem bíblica, foi produzida 15 séculos depois por um homem com características que afrontariam essa parcela da população, como apontado na biografia escrita por Walter Isaacson.
A história da Santa Ceia e da Última Ceia tem sido alvo de diversas interpretações ao longo dos séculos. Uma rápida busca mostra que há centenas de sátiras à obra de Da Vinci, desde representações com super-heróis e personagens da Turma da Mônica até paródias humorísticas como aquelas vistas em programas de TV.
A presença de LGBTs na pintura foi o ponto central de debate, especialmente para setores religiosos mais conservadores. No entanto, é importante ressaltar que na imagem não há nada desabonador, nenhum crime sendo cometido. A discussão acalorada revela mais sobre os preconceitos presentes na sociedade do que sobre a própria mensagem da Santa Ceia.
A representação da Santa Ceia nos faz refletir sobre a mensagem de amor e compaixão que Jesus Cristo pregava. Ele era conhecido por se sentar à mesa com os marginalizados e perseguidos, mostrando que a fé deve ser um instrumento de inclusão e não de exclusão.
As Olimpíadas recentes acertaram ao representar minorias, incluindo os LGBTs, uma comunidade que existe desde tempos imemoriais. Qualquer debate que busque negar seus direitos básicos, como o direito de serem vistos e respeitados, é pura histeria. A mensagem da Santa Ceia nos convida a refletir sobre a importância da inclusão e do respeito mútuo em nossa sociedade.
Fonte: @ Nos
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