Esquema criminoso desviou R$16 mi de Fundo dos Direitos da Pessoa Idosa.
Através da @diariodonordeste | A fraude elaborada que direcionou mais de R$ 16 milhões do Fundo dos Direitos da Pessoa Idosa de Fortaleza (FMDPI) da Prefeitura de Fortaleza, exposta pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), teve como principal articulador um servidor público. Sérgio Gomes Cavalcante ocupava o cargo de ordenador de despesas.
O esquema revelado envolvia não apenas o servidor público mencionado, mas também outros agentes públicos. A atuação conjunta desses funcionários resultou em prejuízos significativos para o fundo destinado à pessoa idosa, demonstrando a importância da fiscalização e transparência nas atividades dos servidores públicos.
Esquema criminoso envolvendo servidor público é descoberto
Um grupo formado por 14 indivíduos, incluindo servidores públicos e empresários, foi recentemente acusado de práticas ilícitas. A Vara de Delitos de Organizações Criminosas aceitou a denúncia do Ministério Público do Ceará, que apontou que esses indivíduos se aproveitavam de suas posições privilegiadas no serviço público para desviar recursos. O Núcleo de Produções Culturais e Esportivas (Nuproce) foi utilizado como fachada para suas atividades.
De acordo com as investigações, Sérgio Gomes, também conhecido como Coronel Sérgio, desempenhava funções de destaque relacionadas aos direitos das pessoas idosas na cidade de Fortaleza. Ele usava sua influência para facilitar as ações do Nuproce, agindo de acordo com os interesses do grupo criminoso.
O Ministério Público detalhou que Sérgio Gomes era peça-chave no esquema ilícito, intermediando questões importantes e direcionando as atividades conforme as necessidades do grupo. Em resposta às acusações, Sérgio Gomes Cavalcante afirmou que estava surpreso com as alegações, pois sempre agiu de acordo com as normas estabelecidas, colaborando com gestores e entidades para auxiliar no que fosse necessário.
Ele ressaltou que todas as despesas do Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa eram aprovadas pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, garantindo a transparência e legalidade dos processos. Sérgio também mencionou que os recursos utilizados pela entidade eram provenientes de empresas autorizadas para captação de recursos.
Além de Sérgio, outro nome envolvido nas atividades ilícitas foi Honorato Ayres, ex-presidente do Nuproce. Ele era responsável por coordenar ações ilícitas com seus familiares, buscando novos projetos de captação para sustentar o esquema criminoso, de acordo com as autoridades.
Os 14 indivíduos acusados incluem Alysson Castelo Branco Silvestre, Amanda Solon Araripe, Bruno Sterpheson Costa Ximenes, Fernanda Araújo da Silva, Hewan Neves de Mesquita, Honorato Ayres Feitosa, Jordânia Oliveira de Araújo, Kátia Cristina Moura Feitosa, Lásaro Fernando Lacerda da Silva, Marcela Moura Feitosa de Mesquita, Maria das Dores Bezerra de Freitas, Priscila Lima de Castro e Sergio Gomes Cavalcante.
O processo seguirá na Justiça, com os réus respondendo por peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva. O Diário do Nordeste está aguardando as defesas dos acusados para garantir o direito à ampla defesa e ao contraditório.
Fonte: © Direto News
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