Sindicato jornalistas denuncia censura prévia do governo Maduro na campanha presidencial Venezuela, bloqueando sites de notícias e operadoras de internet.
Pelo menos 60 sites estão com bloqueios ativos e 12 dessas restrições foram impostas desde o início da campanha presidencial da Venezuela.
Além dos bloqueios mencionados, a censura tem impactado o acesso à informação, deixando muitos usuários com conteúdo bloqueado em diversas regiões.
Bloqueios de sites de notícias aumentam na Venezuela às vésperas das eleições presidenciais
A denúncia recente do Sindicato Nacional de Trabalhadores de Imprensa da Venezuela destaca um aumento preocupante no número de bloqueios de sites de notícias no país. Em um único dia, seis sites foram bloqueados, incluindo o Tal Cual, Analítica e El Estímulo, juntamente com as organizações Medianálisis e VEsinFiltro. Esses bloqueios ocorreram em meio à contagem regressiva para as eleições presidenciais, levantando questões sobre a liberdade de imprensa e acesso à informação.
Em uma ação coordenada, o governo venezuelano ordenou que as principais operadoras de internet do país, como Cantv, Digitel, Movistar, NetUno e Inter, bloqueassem o acesso a esses sites. Essa campanha de bloqueios levanta sérias preocupações sobre a liberdade de expressão e o direito do público de acessar informações diversas e críticas.
O jornal Tal Cual, um dos afetados pelos bloqueios, expressou sua determinação em continuar informando a sociedade, apesar das restrições impostas. Enquanto isso, o sindicato de jornalistas alertou para a gravidade da censura prévia e violação dos direitos humanos fundamentais representados pela liberdade de informação e expressão.
Além dos sites já mencionados, o Run Run.es, conhecido por sua postura opositora, também foi alvo de restrições por mais uma operadora de internet. Esses bloqueios são vistos como uma tentativa de silenciar vozes críticas e dissidentes, em desrespeito aos padrões internacionais e à legislação nacional.
Os jornalistas da CNN, presentes na capital venezuelana, enfrentaram dificuldades ao tentar acessar vários sites de notícias opositores. A situação evidencia a necessidade de medidas para garantir o acesso livre e irrestrito à informação, especialmente em um contexto político tão delicado como o das eleições presidenciais.
Diante do aumento dos bloqueios e restrições, o sindicato de jornalistas exige transparência e respeito aos direitos fundamentais. Até o momento, as autoridades venezuelanas não se pronunciaram sobre as medidas de bloqueio, deixando dúvidas sobre a legalidade e justificativa dessas ações.
Esses episódios recentes reforçam a importância de defender a liberdade de imprensa e o acesso à informação como pilares essenciais da democracia. A sociedade civil e a comunidade internacional devem permanecer vigilantes diante de tentativas de censura e bloqueios que ameacem a pluralidade de vozes e a liberdade de expressão.
Fonte: @ CNN Brasil
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