Brasil tem 1.059 venezuelanos aptos a votar no pleito presidencial, em situação de vulnerabilidade e condições favoráveis à reinstitucionalização do processo eleitoral.
O repórter João Silva partiu do Rio de Janeiro rumo a Belo Horizonte (aproximadamente 400 km de distância) para participar das eleições que definirão o novo prefeito da cidade mineira, que estará no cargo entre 2023 e 2027.
Na sua chegada, João se deparou com longas filas nas urnas e uma grande movimentação de eleitores ansiosos para exercer seu direito de votação. Mesmo com o calor intenso, a população se mostrou engajada no pleito e disposta a fazer sua voz ser ouvida.
Eleições na Venezuela: Desejo de Mudança e Participação na Votação
Manuel Quilarque, juntamente com outros eleitores que marcaram presença na seção eleitoral da Embaixada da Venezuela, localizada na capital do Brasil, neste último domingo, expressaram o anseio por mudanças e pela garantia de que o resultado das urnas seja devidamente respeitado pelas autoridades. O sentimento de esperança em recuperar a liberdade no país é evidente, assim como a expectativa de estabelecer um processo de reinstitucionalização. Além disso, há a preocupação com os venezuelanos em situação de vulnerabilidade, que enfrentam dificuldades e anseiam por condições favoráveis para retornar ao país.
Em Brasília (DF), no dia 28 de julho de 2024, Manuel Quilarque foi visto na entrada da embaixada da Venezuela durante o processo de votação para presidente. O atual mandatário, Nicolás Maduro, está no poder desde 2013 e enfrenta nove concorrentes no pleito que ocorreu nesse dia. Vale ressaltar que esta é a primeira eleição, desde 2015, em que toda a oposição concordou em participar, após anos de boicote por parte dos principais partidos opositores.
Desde 2017, os partidos de oposição vinham se abstendo de participar das eleições nacionais. Um jornalista venezuelano, residente no Brasil há 15 anos, revelou que, dos aproximadamente 500 mil venezuelanos que vivem no país, apenas 1.059 conseguiram se registrar para votar. Ele próprio, com um registro ativo há bastante tempo, não enfrentou dificuldades para exercer seu direito ao voto. No entanto, seu irmão, que reside na Espanha, não conseguiu se inscrever para participar do pleito. O jornalista enfatizou que, embora o sistema eleitoral seja confiável, existem outras questões que afetam o processo eleitoral como um todo.
Manuel Quilarque destacou que as dificuldades não residem no sistema eleitoral em si, nem na urna eletrônica, nem na contagem dos votos, mas sim em questões anteriores, como a dificuldade de inscrição, restrições para votar por motivos diversos e a pressão sobre funcionários públicos para agir de maneira tendenciosa. Ele expressou sua confiança em uma possível vitória do principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia. As pesquisas eleitorais na Venezuela apresentam resultados divergentes em relação ao pleito presidencial, com algumas indicando uma vitória expressiva de Edmundo González Urrutia, enquanto outras apontam para a reeleição de Nicolás Maduro, também com uma margem significativa.
Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro rompeu relações com o governo venezuelano, resultando no fechamento de todos os consulados venezuelanos no Brasil, restando apenas a seção eleitoral na embaixada em Brasília. Além dos obstáculos burocráticos, questões logísticas e financeiras dificultam a participação no pleito. Manuel Quilarque estimou que, no máximo, cerca de 30 pessoas tenham votado, devido às dificuldades enfrentadas por aqueles que residem em locais distantes, como Manaus e Boa Vista, que já se encontram em condições vulneráveis e enfrentam custos significativos para se deslocar até a embaixada.
Até o momento, não foi possível obter um posicionamento das autoridades da embaixada venezuelana em Brasília. O responsável pela portaria do local informou apenas que a votação transcorria dentro da normalidade, em meio a um contexto de expectativas e incertezas em relação ao desfecho das eleições na Venezuela.
Fonte: @ Agencia Brasil
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